segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Custo com desapropriações supera valor da implantação da Via 710

Remoções próximo da avenida José Cândido Silveira. Foto: Ricardo Bastos

Custo com desapropriações supera valor da implantação da Via 710


Danilo Emerich

O valor das desapropriações e remoções para a construção da Via 710, que interligará as regiões Leste e Nordeste de Belo Horizonte, irá superar em 12% o preço da própria obra. A avenida é feita com recursos federais e chegou a ser anunciada na matriz de responsabilidades da Copa do Mundo. A previsão inicial de entrega era para antes do Mundial, mas só deverá ser concluída, segundo a prefeitura, até junho de 2016.
Neste último sábado (29), sete novos terrenos, no bairro Dom Joaquim, na região Nordeste de Belo Horizonte, atrás do Minas Shopping, foram declarados como utilidade pública e os moradores deverão ser desapropriados, conforme publicação no Diário Oficial do Município (DOM).
Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), ao todo,  a obra exigirá 206 desapropriações e 346 remoções, que foram iniciadas no segundo semetre de 2012. Com os procedimentos serão gastos R$ 75,2 milhões. O valor deverá ser ainda maior, em função de ações judiciais questionando o valor das indenizações.
A Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) informou que até o momento foram realizadas 70 remoções. Os procedimentos foram feitos em vila, próximo a Estação José Cândido. O número de desaproapriações já concluídas não foi informado.
Já a construção da Via 710 em si exigirá um investimento total de R$ 66,1 milhões. Os recursos estão assegurados no Programa de Acelaração do Crescimento (PAC). Segundo Portal da Transparência Copa, o valor original da intervenção era de R$ 78 milhões, mas foi diminuído, segundo a Sudecap.
Em setembro, a Sudecap assinou a ordem de serviço para executar as obras de implantação de um novo trecho da Via 710. A intervenção promoverá o acesso entre duas regiões da capital e tem seu início na avenida dos Andradas e termina na avenida Cristiano Machado. Será um corredor viário de alta capacidade sem passagem pelo Centro.

 O que a obra prevê:
- Implantação de via com duas a quatro faixas de rolamento por sentido, com ciclovia, passeios, canteiro central e sinalização vertical e horizontal; 

· Construção de passagem em trincheira nas proximidades da avenida Contagem com as ruas Gustavo da Silveira e Conceição do Pará;

· Alargamento e construção de passarela de pedestres em pré-moldado, anexo ao viaduto da rua Minduri;

· Construção de viadutos, alças de acesso e passarelas de pedestres no cruzamento da Via 710 com avenida José Cândido da Silveira;

· Construção do viaduto da rua Bolivar sobre a linha do metrô, Via 710 e ruas Lauro Gomes Vidal e Arthur de Sá, ligando os bairros União e Dom Joaquim;

· Construção de túnel em método não destrutivo, para implantação da rede de drenagem;
· Implantação de paisagismo e sistema de irrigação;

· Recuperação de pavimento asfáltico, inclusive reforço do subleito, e alargamento de pista;
· Construção de galeria celular em concreto armado;

· Implantação de rede de drenagem em tubo de concreto armado;

· Implantação de contenções em cortina atirantada e em terra armada;

· Recuperação de pavimento asfáltico nas vias utilizadas para desvio de tráfego;
· Prolongamento da passarela na rua Quaquarema.


Projeto da futura Via 710. Foto: Reprodução / Hoje em Dia

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